terça-feira, 8 de maio de 2018

Em visita à Itália, pesquisadores do IFRN discutem diagnóstico precoce do câncer


Um grupo de pesquisadores do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde – (Lais), da UFRN, e do Núcleo Avançado de Pesquisa e Inovação (Navi), do IFRN, desembarcou na Itália para conhecer pesquisas e tecnologias desenvolvidas para o diagnóstico precoce de câncer. A visita proporcionou ao grupo de pesquisadores uma ampliação para as bases de estudos dos dois laboratórios brasileiros, que já desenvolvem estudos com três tipos de câncer: próstata, mama e colo de útero. 
Essas doenças já são a principal causa de morte em 10% dos municípios brasileiros, superando as doenças cardiovasculares. A estimativa é que, até o ano de 2030, a doença se transforme na principal causa de morte entre os brasileiros. Esse dado é resultado de um levantamento realizado pelo Observatório de Oncologia, ferramenta do movimento ‘Todos Juntos Contra o Câncer’ (TJCC), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM).

Visita
A primeira parada dos pesquisadores foi em uma empresa especialista no desenvolvimento e fabricação de componentes de silício e sensores ópticos inteligentes, a OPTOI Microelectronics, que fica na cidade de Trento, na Itália. Além da visita a instituição, houve também várias reuniões com pesquisadores de diversas áreas, como Alfredo Miglione, presidente da OPTOI – Optoeletrônica Itália – e com a chefe da Divisão Biomédica da mesma empresa, Cristina Ress, além de Hugh Ilyne, CEO (sigla inglesa de Chief Executive Officer, que significa Diretor Executivo em Português) da Destina Genomics. Durante a reunião, Ricardo e o professor Higor Morais, do IFRN, esclareceram pontos dos projetos já em desenvolvimento no Rio Grande do Norte e também a necessidade de estabelecer uma cooperação internacional com a Universidade Trento, em especial com o grupo de pesquisa que desenvolve os estudos sobre MicroRNA junto a OPTOI. 

Cooperação

Para o coordenador do LAIS, professor Ricardo Valentim, as tecnologias baseadas em MicroRNA têm um grande potencial para o Sistema Único de Saúde no Brasil, sobretudo se forem aplicadas na atenção básica. “Essa inovação poderá colaborar essencialmente para o fortalecimento da medicina da família, impactando diretamente na qualidade dos serviços de saúde“, afirmou Valentim. 
Já Higor afirmou que “a possibilidade de intercâmbio e cooperação representa uma ação importante para a ciência do Brasil e da Itália, principalmente por se tratar de um grande projeto de pesquisa, com importantes desdobramentos sociais”. Valentim finalizou dizendo que haverá uma nova missão à Itália, com o objetivo de definir um acordo de cooperação que fortaleça as pesquisas científicas dos grupos envolvidos, o que permitirá a troca de expertises.


Assessoria de Comunicação Social e Eventos
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